segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A SECA CASTIGA O POVO DE JUSSARA/GO.

Livro: Jota Melo - jotadmelo@hotmail.com

para dar ordens à natureza é preciso saber obedecer-lhe. (Francis Bacon)

É lamentável o que aconteceu no ano de 2005, em Jussara – Goiás. Essa cidade passou por dias turbulentos devido à falta de água.

Há alguns anos que antecederam 2005, inúmeras árvores foram cortadas por motosserras, a mando do poder público. Os córregos e lagos ficaram mais sujos, as águas diminuíram e os córregos foram perdendo seus impulsos. Já foi comprovado pela ciência que a falta de árvores torna o solo mais exposto à erosão e o clima fica mais quente e pode aumentar o risco de doenças na população. Antes do poder público cortar árvores, seria coerente ouvir a opinião da população a respeito, pois uma atitude equivocada provoca irreparáveis danos à natureza e gera sérios problemas ao povo.

A cidade enfrentou um forte mormaço, visível durante o dia ou à noite. A população passava um bom tempo nas calçadas de suas casas, procurando respirar um ar mais fresco, sempre de olhos no céu, na esperança de cair pingos de chuva para refrescar o clima causticante.

Diante daquele forno jamais visto naquele município interiorano, a população não sabia ao certo o que fazer! “Talvez mudar da cidade, recorrer aos municípios vizinhos”. Tudo isso foi um verdadeiro transtorno para o povo, visto que os moradores não poderiam deixar seus pertences e ainda cumprir suas obrigações.

A verdade é que em campanhas políticas, em Jussara/Goiás, surgem promessas das mais absurdas em relação à água, mas ao terminar, desaparecem como se fossem raios. Já prometeram fazer: lago artificial, limpeza nos córregos, furar poços artesianos, tratamento e construção de barragens suficientes para abastecerem a população, e outras...

Mas, na realidade, o que o povo viu naqueles frustrantes dias? Uma forte sequidão na cidade, caminhões públicos rumo aos municípios vizinhos para buscarem água. Infelizmente a população ficou à mercê das águas de suas torneiras. Em conseqüência disso, o povo foi obrigado a comprar água fora da cidade. Que situação ficou o município! Na verdade, a população foi guerreira em vencer a barreira do calor, conseguindo suportar as terríveis conseqüências. Os moradores daquele município jamais esqueceram dias que passaram sufocados pelos raios solares que vieram sem compaixão.

A falta de conhecimento e consciência de preservação pelas águas pode levar o mundo a uma grande catástrofe num futuro bem próximo.

lik: jotamelo.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário