sábado, 6 de novembro de 2010

A COMUNICAÇÃO RADIOFÔNICA NAS MÃOS DE POLÍTICOS

Jornal Opção (26.12.05)

É fantástico o poder da emissora de Rádio, pois ela possui a magia da comunicação, pois ao mesmo tempo em que consegue transmitir o recado, estimula a alegria, participação da população, permite ainda a discussão dos problemas da sociedade. É notório que a Rádio sempre fez seu papel social através de bons programas noticiários que mostram acontecimentos em geral, bem como outros programas musicais e entretenimento.

A comunicação radiofônica é o meio mais simples e um dos mais antigos no mundo, portanto, é considerado um veículo de suma importância, considerando sua imensa credibilidade: Até mesmo partindo de um simples acontecimento á posse de uma autoridade máxima no país, é noticiada nesse meio de comunicação chamado Rádio. Baseado nesta credibilidade, uma emissora precisa valorizar seus ouvintes e respeitar seus funcionários, pois tanto os ouvintes quanto os apresentadores são considerado uma mola propulsora para o sucesso da emissora.

Outra importância é a relação do proprietário com seus comandados, é necessário prevalecer espírito de liderança e comportamento flexível para alcançar o topo.

Em 19 de fevereiro de 1.998, aprovou no Brasil a lei Nº 9.612, que instituiu o Serviço de Radiodifusão Comunitária, cuja emissora é sem fins lucrativos, bem como essa linha de Rádio, é voltada para atender a sociedade, a qual deveria excluir totalmente o envolvimento político. Entretanto, não é isso que está acontecendo na maioria dos municípios. Pois é de costume, prefeitos “cantarem de galo” nas emissoras comunitárias, inclusive pagam salários dos funcionários das rádios usando o dinheiro do município, e impedem a participação popular. A verdade que os políticos as ordens e controlam as noticias que vão ao ar, bem como colocam palavras na boca dos participantes que usam os microfones das comunitárias. Isso é absurdo tais atitudes! Entendo que políticos não possuem poderes para manipular noticias e calarem a voz do povo. Penso que os fiscais deveriam agir com mais rigor para coibir a influência do poder executivo e legislativo (Prefeitos/Vereadores) dentro das rádios comunitárias. Veja o que dizem alguns artigos da lei das rádios comunitárias:

Artigo 4º inciso IV, parágrafo 1º. É vedado o proselitismo (politicagem) de qualquer natureza na programação das Emissoras de Radiodifusão Comunitárias.

Artigo 4º inciso I, As Emissoras Comunitárias devem seguir alguns princípios, como exemplo: Preferência a finalidade educativas, artísticas, culturais e informativas em beneficio do desenvolvimento geral da comunidade.

Artigo 8º: A entidade autorizada a explorar o Serviço deverá instituir em CONSELHO COMUNITÁRIO, composto no mínimo por cinco pessoas representantes de entidades da comunidade local, tais como associações de classe, beneméritas, religiosas ou de moradores, desde que legalmente instituídas, com o objetivo de acompanhar a programação da emissora, com vista ao atendimento do interesse exclusivo da comunidade e dos princípios estabelecidos no Artigo 4º desta Lei.

De acordo com a Lei das rádios comunitárias precisa funcionar em mãos imparciais, como exemplo: entidades religiosas, associações e outras. Pois se as elas estiverem sob o comando de políticos ou assessores de prefeituras ou câmaras de vereadores, infelizmente as rádios tomam caminhos tortuosos e não cumprirão seus objetivos de atenderem os interesses da sociedade, pois a maioria dos políticos vem apresentando uma política egocêntrica e banhada de lama da corrupção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário