De Jota Melo (jotadmelo@hotmail.com)
Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror
(Charles Chaplin)
O comando do crime organizado nas favelas do Brasil possui duas faces: Por um lado, o crime está mais próximo dos moradores das favelas que o poder público, embora o crime “protege” o povo das favelas com o lucro do tráfico. Já o poder público tem obrigação constitucional e tem verbas para minimizar o sofrimento das pessoas, mas não faz! Infelizmente, deixa os favelados a mercê da sorte.
É notório que os moradores das favelas têm o hábito de fazer vista grossa em relação á identificação de traficantes: Quem sabe devido possível perseguição, ou por necessidade mesmo; pois quando as famílias precisam de alimentos; remédios ou outras necessidades, a equipe do crime resolve mais rapidez á situação que o poder público. Por isso, a população das favelas omite as atitudes dos traficantes e passa a não questionar as ações errôneas deles. Por outro lado, poder público vai caminhando no ritmo tartaruga, bem como não consegue minimizar a precariedade dos moradores, então. As famílias vão se safando naquele mundo cão presenciando o terror das balas cruzadas dos tiroteios entre traficantes e policiais na fumaça do bang-bang. Como se não bastasse sobreviver entre intenso fogo cruzado, ainda não podem contar com escolas equipadas, centros de saúde, água tratada, saneamento básico, energia elétrica, segurança e outras necessidades básicas, em especial para seus filhos, bem como a liberdade de simplesmente, caminhar livremente nas ruas sombrias e manchadas de sangue das batalhas travadas da vergonha brasileira. Essas famílias esquivam e calam, mesmo constitucionalmente possuindo o direito de vez e voz, mas a razão e o direito, as famílias desconhecem, considerando, só quem têm, são os donos do poder soberano ou quem possui uma metralhadora nas mãos!
Muito próximo do conflito, paira a burocracia brasileira, o descaso do poder público, vez que, cofres públicos estão cheios de verbas para serem aplicadas em favor dos moradores das favelas, mas lamentavelmente são desviadas para bancar campanhas políticas.
As ilusões sustentam a alma como as asas sustentam o pássaro
(Victor Hugo).
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